sexta-feira, 3 de junho de 2011

OS TEMPLÁRIOS - PARTE 2

ATUAÇÃO EM BATALHA


A tática de batalha do século XII baseava-se num ataque preliminar de cavaleiros armados com lanças. O cavaleiro segurava as rédeas e o escudo na mão esquerda e a lança na mão direita, que ficava rígida sob o braço, podendo ser lançada com um dardo. O ataque era feito na velocidade máxima do cavalo. Caso a lança fosse perdida ou quebrada, o cavaleiro deveria continuar a lutar sem ela, usando somente a espada. Contudo, o ataque era isolado e não controlado com precisão.


Sua armadura é composta de: um capacete de cotas de malha; proteção para as pernas, também de cotas de malha; um elmo; um escudo corporal triangular. Sua arma principal era uma espada reta de dois lados, sendo as armas secundárias uma lança e uma clava. Além disso, cada cavaleiro deveria ter três facas: um punhal comprido, usado do lado esquerdo do cinto; uma faca de bolso pequena e uma faca curta com lâmina comprida.

Apesar dessa disciplina extrema, a qualidade pela qual os Templários eram mais célebres era sua coragem – mesmo nas inúmeras ocasiões em que perderam as batalhas. Até mesmo seu proclamado heroísmo originava-se de uma resistência na derrota.

PROPRIETÁRIOS DE TERRA E FINANCISTAS


A riqueza dos Templários vinha de suas terras. Os Templários adquiriram a posse delas de quatro maneiras diferentes: a primeira era por doação direta da nobreza e realeza; a segunda era por conquista após campanhas militares; em terceiro lugar os Templários também compravam terras; em último lugar vinha a posse da terra por reclamação principalmente de áreas de pântano para agricultura.

Um dos aspectos mais fascinantes da história dos Templários é sua atividade financeira inovadora e generalizada.

A participação em resgates e o saque a Constantinopla renderam ouro e prata para os cofres da Ordem embora seja difícil fornecer provas da participação dos templários nesses movimentos. Em alguns casos eles forneciam empréstimos aos cruzados, bem como aos peregrinos.

Na agricultura, eles também estavam à frente da prática geral do século XIII, em sua ênfase na produção para venda. A administração templária estava preparada para lidar com grande influxo de doações em dinheiro e transportar fundos para a Terra Santa quando necessário. Mercadores genoveses também utilizavam o serviço dos templários para fazer remessas de dinheiro para agentes na Síria, levantar dinheiro para mercadorias a serem exportadas e dadas como garantia no empréstimo, e como método para assegurar capital de investimento.

A segurança das casas templárias e a possibilidade de transferir fundos em caso de perigo tornaram-nas ideais para o depósito de valores, seja dinheiro ou metais preciosos. Mesmo com todas as suas preocupações, algumas vezes os templários perdiam dinheiro e objetos de valor deixados sob sua custódia. Um exemplo disso é o de um documento de 1255 onde é solicitada a devolução de uma certa quantidade de prata e que dá a entender que dois homens, pai e filho, conseguiram roubá-la de uma casa templária em Pisa. Isto mostra que nem mesmo os templários eram capazes de proteger seus interesses – ou o seu capital.

A função de agentes de empréstimo aparece muito cedo na história da Ordem. Ainda quando Huge de Payns era vivo, o empréstimo de dinheiro era considerado como parte dos deveres templários, pois eles eram donos de grandes reservas de dinheiro e eram pressionados a oferecer esses serviços. Isto mostra um aspecto claro de infração às regras da Igreja no que diz respeito à usura.

Os Templários também se tornaram banqueiros oficiais de monarcas e papas poderosos nos dois séculos de existência da Ordem.

(Texto enviado por Ivatan Holanda - UFES)

Nenhum comentário:

Postar um comentário