quinta-feira, 18 de agosto de 2011

CRUZADAS - PARTE 2 - FINAL


No início de 1095 Aleixo I Comneno, imperador bizantino, envia uma embaixada ao papa Urbano II, para lhe pedir ajuda. Na primavera do mesmo ano o papa inicia a sua viagem à França e em 18 de novembro ocorre a abertura do Concílio de Clermont no qual lança o seu apelo à Cruzada.
Em abril do ano seguinte deu-se a partida da Cruzada popular dirigida por Godfroi de Boullion, Pedro, o Eremita, e Gautier Sans Avoir dentre outros.
No Concílio de Nimes Urbano II confia a Raimundo de Saint-Gilles o comando de uma das expedições à Terra Santa e em 1 de agosto de 1096  a  Cruzada popular chega a Constantinopla. O imperador alemão, Henrique IV, e o rei de França, Filipe I, estando excomungados, não puderam dirigir a Cruzada.
Em 21 de outubro as tropas turcas e búlgaras do sultão de Niceia, Kilij Arslan, aniquilam a Cruzada popular na Anatólia. Pedro, o Eremita escapa ao massacre e foge para Constantinopla. Em 23 de dezembro Godfroi de Boullion chega a Constantinopla e o imperador de Bizâncio obtém, após muitas recusas, a promessa de restituição das terras e das cidades retomadas aos muçulmanos, e a aceitação da sua suserania sobre as novas conquistas. 
No fim de abril de 1097  o exército dos barões abandona Constantinopla, passando para a Ásia Menor. Em junho de 1097 Nicéia é tomada pelos cruzados e restituída a Bizâncio. Em setembro os cruzados dividem o exército e em 20 de outubro chegam a Antioquia e começa o cerco. Balduíno de Bolonha deixa o campo dos cruzados e vai para Edessa respondendo pedido do príncipe armênio da cidade. Em março de 1098 Balduíno de Bolonha proclama-se príncipe de Edessa, após a morte do príncipe que o tinha adotado. Funda assim o primeiro Estado Latino do Oriente.
Antioquia é tomada pelos cruzados em 3 de junho de 1098 e Boemundo I de Tarento recusa-se a devolvê-la aos bizantinos e proclama-se príncipe. No dia seguinte os cruzados são cercados por um exército de socorro, comandado por Kerbogha, enviado pelo Sultanato seljúcida da Pérsia. Em 28 de junho os cruzados de Antioquia derrotam as forças sitiantes muçulmanas.
Em 13 de janeiro de 1099 os Francos retomam a sua marcha para Jerusalém e o exército passa por Qal'at-al-Hosn, que seria o futuro Krak dos Cavaleiros. Em 7 de junho  o exército franco chega a Jerusalém e seis dias depois realiza o primeiro assalto à cidade, sem qualquer preparação prévia, que falha. Um mês depois ocorre uma segunda investida, desta vez bem sucedida, na qual a muralha circundante é atravessada. Em 15 de julho efetiva-se a conquista de Jerusalém pelos cruzados e no dia 22 Godfroi de Boullion é eleito rei de Jerusalém pelos barões e só aceita o título de defensor do Santo Sepulcro. 
Menos de um ano após ser eleito rei, Godfroi de Boullion morre e seu irmão Balduíno é coroado primeiro rei de Jerusalém em Belém, no dia 25 de Dezembro.
Os principais elementos propulsores do movimento cruzadista foram 
  • O aumento demográfico na Europa feudal, a falta de terras pára o cultivo e a ausência de expectativa para uma grande parcelada sociedade, sobretudo para os nobres que não tinham herança paterna. 
  •  O interesse econômico, não apenas comercial, mas também de conquista de novas terras. 
  •  O seu aspecto religioso já que havia crença de que a peregrinação aos lugares santos oferecia a possibilidade de salvação da alma do fiel que se submetesse ao sacrifício. 
  •  O interesse militar de combater os inimigos do cristianismo como eram chamados os mulçumanos, os judeus e ate mesmo alguns grupos de cristãos considerados heréticos. A participação nessa luta era considerada obrigação do verdadeiro cristão.

Conseqüências das cruzadas:
  •  Empobrecimento dos senhores feudais, que tiveram suas economias arrasadas pelo alto custo das guerras. 
  •  Fortalecimento do poder real (à medida que os senhores feudais perdiam suas forças). 
  •  Reabertura domar mediterrâneo e conseqüente desenvolvimento do intercambio comercial entre Europa e oriente.
  • Ampliação do universo cultural europeu, promovida pelo contato com os povos orientais.
 (Texto enviado por Ivatan Holanda - graduando da UFES)

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