Seu temperamento explosivo, capaz de inflamar e conquistar as multidões ansiosas por um governo de pulso firme que solucionasse a crise em que o país vivia, tiveram seu contraponto mais expressivo no silêncio e na altivez demonstradas por ele quando da sua saída do Palácio do Planalto em 1992.
Collor passou de potencial salvador da pátria à persona non grata, num jogo de interesses que envolveu vários setores da sociedade civil e que confirmou a habilidade política dos que estavam no poder, que viram na mobilização social uma forma de fortalecer a imagem dos políticos e das instituições brasileiras e, ao mesmo tempo, de iniciarem uma nova dança das cadeiras pelas disputas internas por cargos no governo.
20 anos depois de sua eleição, Fernando Collor dá a sua versão dos fatos em uma entrevista à Globo News.
O entrevistador, Geneton Moraes Neto, apesar de sua experiência, repete algumas perguntas de maneiras diferentes, como quem deseja extrair alguma informação a mais ou confirmar as já passadas, no entanto, não considera expressões faciais e gestuais importantes do ex-presidente durante a entrevista, deixando passar algumas oportunidades que seriam fundamentais para que realmente conseguíssemos entender o que estava por trás de suas palavras.
Apesar disso, a entrevista é uma fonte histórica valiosíssima, pois nos dá maiores elementos para que possamos nos adentrar mais profundamente na análise deste momento histórico.
Frenando Collor de Mello foi um defensor quixotesco dos interesses elitistas. Espero termos amadurecido o suficiente para não mais cair neste tipo de armadilha
ResponderExcluirO pior é que ainda tem gente que vota nele, por isso ele ainda continua na política.
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