- Introdução
A modernidade, segundo Berman (2005, p. 15), reflete um ambiente “que promete aventura, poder, alegria, crescimento, autotransformação e transformação das coisas em redor – mas ao mesmo tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo o que sabemos, tudo o que somos”. Dentro dessa visão, a modernidade aparece como algo avassalador, que chega como um turbilhão modificando tudo a nossa volta, dando outro ritmo às coisas, criando e ao mesmo tempo destruindo tudo a nossa volta, numa constante mudança, numa mutação permanente.
Canclini, por sua vez, ao analisar a modernidade na América Latina, em seu livro Culturas híbridas, não a vê sob a ótica de um furacão arrasador que cria e destrói, para novamente criar o novo, mas sim sob a ótica da coexistência entre o tradicional e o moderno.