Tanto a surpreendente eleição, quanto o governo meteórico de Fernando Collor, incluindo sua saída da presidência através de um processo de impeachment, fizeram dele uma figura importante e imprescindível de ser estudada referente ao período da Nova República.
Seu temperamento explosivo, capaz de inflamar e conquistar as multidões ansiosas por um governo de pulso firme que solucionasse a crise em que o país vivia, tiveram seu contraponto mais expressivo no silêncio e na altivez demonstradas por ele quando da sua saída do Palácio do Planalto em 1992.
Collor passou de potencial salvador da pátria à persona non grata, num jogo de interesses que envolveu vários setores da sociedade civil e que confirmou a habilidade política dos que estavam no poder, que viram na mobilização social uma forma de fortalecer a imagem dos políticos e das instituições brasileiras e, ao mesmo tempo, de iniciarem uma nova dança das cadeiras pelas disputas internas por cargos no governo.
20 anos depois de sua eleição, Fernando Collor dá a sua versão dos fatos em uma entrevista à Globo News.
Este blog tem por objetivo comentar a história humana de maneira simples, a fim que seja possível uma análise dos fatos históricos de forma democrática, ou seja, de maneira acessível a todos. Assim imaginamos estar favorecendo um dos objetivos primordiais da própria história: o de proporcionar à humanidade os meios necessários para o desenvolvimento do raciocínio crítico e, consequentemente, uma melhor percepção da realidade atual.
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
terça-feira, 4 de outubro de 2011
CALVINO: A INFLUÊNCIA DO PENSAMENTO POLÍTICO EM GENEBRA - PARTE 4 - FINAL
A
partir de Calvino, outros chamados calvinistas vão surgir cada vez mais
fortalecendo essa doutrina, nomes como Ponet e Goodman darão respostas e
definindo a postura mediante a tirania das autoridades. John Knox, outro
teólogo reformado e bem radical, acrescenta alguns argumentos na teoria de
resistência, como por exemplo, a questão do estrangeiro jamais ser escolhido
pelos irmãos para ser uma autoridade. Nota-se a preocupação em manter a
resistência colocada como sendo as leis de Deus e a verdadeira fé sendo a dos
calvinistas, fator determinante na identidade e que como conseqüência forma no
coletivo das pessoas o direito de resistir fundamental.
Permito-me
registrar aqui os conflitos que isso gerou nas regiões em que a resistência
calvinista era levantada. Somando a corrente luterana, a resistência da reforma
causará um conflito religioso dividindo e definindo cada vez mais essas duas
correntes cristãs: católicos e protestantes. Skinner nos lembra da revolução
huguenote[1] na
França. Outro exemplo mais radical seria os puritanos ou calvinistas da Holanda
e Inglaterra que partirão para o combate em defesa da verdadeira fé na ótica
deles.
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